Dia de Luta por Medicamentos

Dia de Luta por Medicamentos

No Brasil ainda é crescente a quantidade de pessoas que diariamente sofrem com o acesso a tratamentos e medicações essenciais para a inibição de diversas doenças. O Dia Nacional de Luta por Medicamentos é celebrado no dia 8 de setembro, e as conquistas e desafios estão sempre em discussão.

O deputado estadual José de Arimateia (PRB-BA) classificou em pronunciamento que um dos agravantes é a deficiência de dados epidemiológicos, que gera como consequência, a judicialização para o alcance de medicamentos de alto custo, acarretando danos, especialmente financeiros, ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“O setor da saúde vem sofrendo e tem feito a população baiana passar por necessidades severas em decorrência da falta de investimento em pesquisas e de um planejamento logístico e de recursos”, opinou, cobrando explicações das autoridades responsáveis e também aos especialistas presentes. A doutora em Saúde Pública, farmacêutica e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Giselia Santana Souza, realizou uma apresentação minuciosa, com um histórico de introdução dos medicamentos no Sistema Único de Saúde e os desafios da manutenção com o crescimento populacional durante audiência pública na quarta-feira (6).

Segundo ela, o Brasil tem uma forte dependência com outros países em fabricação, pesquisa e desenvolvimento, e lamentou, pois ainda não existe um Projeto Nacional para atingir progressos nesse setor específico.  “A assistência farmacêutica só poderá acontecer de forma exitosa quando for efetivamente olhada, pensada e estruturada”, disse, ressaltando que a China e a Índia são grandes portadores do genérico na atualidade.

Para a diretora da Departamento de Assistência Farmacêutica (DASF) da Secretaria Estadual da Saúde (SESAB), Daniela Nunes Vitor, existe uma redução considerável da população economicamente ativa, ou seja, mais pessoas idosas e menos indivíduos nascendo.“O processo de envelhecimento está acontecendo de forma acelerada no Brasil. Essa mudança da pirâmide demográfica no Brasil aumenta a demanda de medicamentos para tratamento de doenças crônicas”, disse, enfatizando que o Governo Federal gastou 1,2 bilhões em saúde e a Sesab 37,5 bilhões, ambos no ano de 2016.

Compuseram a mesa da Audiência, o superintendente da Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia em Saúde (SAFTEC), Luís Cláudio Guimarães, que representou o secretário Estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, o coordenador da Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Bruno Viriato, representando o secretário de Saúde do Município, José Antônio Rodrigues Alves, além da farmacêutica Solange Oliveira Santana, que esteve representando o Conselho Regional de Farmácia e o Hospital Juliano Moreira.

 

Fonte: Ascom Dep. Est. José de Arimatéia (PRB)

Foto: Ascom Dep. Est. José de Arimatéia (PRB)

Redação Saúde no Ar

 

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