Detran tem apoio da Arquidiocese para o Maio Amarelo

Detran tem apoio da Arquidiocese para o Maio Amarelo

Ao som do bloco afro Malê Debalê, o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) formalizou nesta quinta-feira (7) a adesão ao movimento Maio Amarelo, pela redução no número de acidentes de trânsito. O diretor geral do órgão, Maurício Bacelar, e o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Kriger, assinaram a carta compromisso do movimento, que surgiu em 2010, após uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu a década de ações para reduzir o número de mortos e feridos em acidentes, no mundo, até 2020.

Dom Murilo disse que a Arquidiocese de Salvador estará empenhada em divulgar o Maio Amarelo e fez um relato pessoal sobre o tema. “Perdi dois irmãos em acidentes de trânsito. Eles não estavam dirigindo e acabaram sendo vítimas de condutas irregulares de outras pessoas. A Igreja Católica está presente em todas as comunidades e vai ajudar na conscientização de que nós somos responsáveis pelo trânsito que temos”, declarou.

O diretor do Detran anunciou a programação das atividades do movimento, cuja marca é um laço amarelo. “Já estamos na mídia e nas redes sociais, divulgando a mensagem que alerta para o comportamento do cidadão ao volante. Vamos realizar ações educativas na capital e em dez cidades do interior, para estimular a participação de toda a sociedade. Mais de 50 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito por ano, um número de assustador, que traz insegurança à população e precisa ser combatido”, ressaltou.

Murilo Kriegger

Durante o evento, 60 entidades dos setores público e privado também aderiram ao “Maio Amarelo”, entre elas, a Câmara Municipal de Salvador, o Banco do Brasil, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Concessionária Via Bahia, APLB Sindicato, Hemoba, Fundação Bradesco, Faculdade Rui Barbosa, Shopping Barra, Polícia Militar, Secretaria de Transportes de Camaçari, e Polícia Rodoviária Federal, além de associações ligadas ao transporte.

O movimento nasceu com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo e é simbolizado por um laço na cor amarela, seguindo a mesma proposta de conscientização já idealizada e bem-sucedida, adotada pelos movimentos de conscientização no combate ao câncer de mama, ao de próstata e, até mesmo, às campanhas de conscientização contra o vírus HIV – a mais consolidada nacional e internacionalmente.

Portanto, a escolha proposital do laço amarelo tem como intenção primeira colocar a necessidade da sociedade tratar os acidentes de trânsito como uma verdadeira epidemia e, consequentemente, acionar cada cidadão a adotar comportamento mais seguro e responsável, tendo como premissa a preservação da sua própria vida e a dos demais cidadãos.

A ideia começou quando a Assembleia Geral da ONU editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

O Maio Amarelo quer e espera a participação e envolvimento de todos comprometidos com o bem-estar social, educação e segurança em decorrência de cultura própria e regras de governança corporativa e função social.

Fontes: Detran e Movimento Maio Amarelo.

 

Ouça o áudio do diretor do Detran, Maurício Bacelar.Entrevista de Edla Maiara.

 

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