Covid-19: Estudo aponta probabilidade de surgimento de variantes mais nocivas

Covid-19: Estudo aponta probabilidade de surgimento de variantes mais nocivas
Com o avanço da pandemia em todo o mundo, e a descoberta de novas variantes como a Ômicron, em novembro de 2021; o novo coronavírus continuou a evoluir, dando origem a muitas linhagens descendentes e recombinantes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a diversificação genética da Ômicron indica uma pressão do vírus pela adaptação aos hospedeiros humanos. Contudo, mesmo que países estejam flexibilizando as medidas de prevenção contra a doença, especialistas preveem que novas variantes do coronavírus podem surgir nos próximos meses.

Segundo estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP); em parceria com o Instituto de Química e o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo.

A pesquisa, publicada na revista Viruses, faz uma revisão de mais de 150 artigos sobre o SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19. Foram analisados diversos aspectos do vírus, como o potencial de mutação, a capacidade de controle do sistema imune, a transmissibilidade e os impactos para a eficácia das vacinas.

“A principal conclusão a que chegamos é que não devemos deixar o vírus circular, porque não sabemos como serão as variantes nos próximos meses”, afirma Cristiane Guzzo, professora da USP e pesquisadora principal do artigo.

Assim, segundo a especialista, a pandemia ainda requer medidas de emergência em saúde pública. O estudo revela o coronavírus pode apresentar uma capacidade de mutação ainda maior do que o previsto. A explicação está na constatação de que a proteína Spike, responsável pelo contato do vírus com as células humanas, permanece em evolução.

Os especialistas também identificaram um número expressivo de mutações (7,7%) localizadas em uma região que interage com o receptor humano, chamada RBD. Possíveis modificações nessa região poderiam trazer impactos para a eficácia das vacinas disponíveis atualmente.

Além disso, a pesquisa mostra que o período em que as pessoas começam a transmitir o vírus tem se iniciado cada vez mais cedo conforme as variantes surgem, antes mesmo do início dos sintomas.

 

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