Campinas tem surto de dengue

Quarenta e quatro mil e 528 pessoas foram infectadas pela dengue  em Campinas, município a  93 quilômetros de São Paulo, em 2015. Em média, 300 pessoas contraíram o vírus diariamente no município, o que faz com que o número represente a pior epidemia de dengue na história da cidade.

Febre alta, dor no corpo, diarreia e muita coceira são alguns dos sintomas da doença que nos somente nos primeiros cinco meses de 2015, já é 4,3% superior ao total de 2014, quando foram contabilizados 42.122 casos e 10 mortes, até então, a maior epidemia da cidade. O balanço foi atualizado nesta semana pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), do Estado de São Paulo.

A cidade somava 38.039 casos de dengue e sete mortes pela doença no boletim anterior, e até agora, são 43.905 autóctones — adquiridos no por moradores – e 623 importados — quando o paciente é infectado em outra cidade. Enquanto foram registrados 11.878 casos em abril, em maio o índice baixou para 1.491. Neste ano, o pico da epidemia ocorreu em março, quando 22.852 foram infectados pelo vírus.

Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 26 de maio deste ano,  o país vive um surto de dengue, registrando 846 mil casos de dengue nos cinco primeiros meses do ano, um avanço de 155% em comparação com igual período no ano passado.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada nesta terça-feira (02.06) pelo IBGE, mostrou que, em 2013, 10,4% da população, ou 20,8 milhões de pessoas, declararam ter tido dengue diagnosticada por um médico alguma vez na sua vida.

O Norte (16,1%) é o que tem a maior incidência da doença, seguido do Centro-Oeste (14,9%) e do Nordeste (13,5%). Sudeste (9,5%) e Sul (1%) têm menos casos.

O perfil das pessoas que declararam ter tido dengue diagnosticada por médico é de mulheres (14,3%), de 40 a 59 anos (17,4%) e com nível superior completo (16,4%). Menos pessoas brancas (10,6%) declararam ter tido a doença do que negras (14,8%) e pardas (14,8%).
A pesquisa é inédita e, portanto, sem base de comparação com anos anteriores.

A.V.

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.