Mudanças climáticas ameaçam o mundo

Mudanças climáticas ameaçam o mundo

Para marcar os dois anos do Acordo de Paris, celebrado em 2015 a França é palco do encontro “Um Planeta”, que reúne 50 líderes internacionais e conta com a presença do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

Em um discurso em tom de preocupação e alerta, o presidente da França, Emmanuel Macron, chamou atenção para a forma como estão sendo tratadas as ações para uma melhor qualidade de vida no planeta e  cobrou mais comprometimento de países e empresas com as metas do acordo ambiental.

Em declaração a dezenas de líderes mundiais e empresariais durante reunião de cúpula na capital francesa, nesta terça-feira (12),  o presidente afirmou que estamos perdendo a luta global contra a mudança climática e convocou  chefes de Estado, ministros e executivos a iniciarem uma nova fase do combate ao aquecimento global.

A mudança climática é responsável por tragédias ambientas como enchentes, secas, tempestades e ondas de calor  em todo o mundo. As temperaturas globais médias estão batendo novos recordes, o gelo marítimo derretendo no Ártico e o nível dos mares se elevando.

Um dos pontos discutidoa em Paris é o Fundo Verde do Clima , que reúne fundos públicos e privados para financiar projetos de combate às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.Ao todo, o objetivo é mobilizar US$ 100 bilhões por ano para mitigar os efeitos do aquecimento global. Mas por enquanto estamos longe de atingir este patamar financeiro. Em 2017, o Fundo Verde do Clima aprovou 18 projetos e uma destinação de US$ 1,14 bilhão. Nenhum dos projetos será realizado no Brasil.

Sobre o acordo de Paris:

Adotado na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em Paris, com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças.  O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Para que comece a vigorar, necessita da ratificação de pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de GEE. O secretário-geral da ONU, numa cerimônia em Nova York, no dia 22 de abril de 2016, abriu o período para assinatura oficial do acordo, pelos países signatários. Este período se encerrou em 21 de abril de 2017.

Para o alcance do objetivo final do Acordo, os governos se envolveram na construção de seus próprios compromissos, a partir das chamadas Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC, na sigla em inglês). Por meio das iNDCs, cada nação apresentou sua contribuição de redução de emissões dos gases de efeito estufa, seguindo o que cada governo considera viável a partir do cenário social e econômico local.

0 Brasil concluiu, em 12 de setembro de 2016, o processo de ratificação do Acordo de Paris. No dia 21 de setembro, o instrumento foi entregue às Nações Unidas. Com isso, as metas brasileiras deixaram de ser pretendidas e tornaram-se compromissos oficiais.

O compromisso brasileiro é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030. Para isso, o país se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030 . A  redução estimada em 66% em termos de emissões de gases efeito de estufa por unidade do PIB (intensidade de emissões) em 2025 e em 75% em termos de intensidade de emissões em 2030.

No que diz respeito ao financiamento climático, o Acordo de Paris determina que os países desenvolvidos deverão investir 100 bilhões de dólares por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação, em países em desenvolvimento. Uma novidade no âmbito do apoio financeiro é a possibilidade de financiamento entre países em desenvolvimento, chamada “cooperação Sul-Sul”, o que amplia a base de financiadores dos projetos.

Foto: Internete

Fonte: Ministério do Meio ambiente

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