A vacina antirrábica humana atualmente utilizada no Brasil é fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, importado e armazenado pelo Instituto Butantan. O processo produtivo é longo – chega a 18 meses – e envolve manufatura, formulação, envase, controle de qualidade, embalagem e liberação para embarque. A validade do imunizante é de 36 meses a partir da formulação
A vacina antirrábica humana pode ser indicada nos formatos pré e pós-exposição. No primeiro, as doses se destinam a pessoas com risco de exposição permanente ao vírus, como profissionais de laboratórios de virologia, médicos veterinários e funcionários de zoológicos. O esquema também pode ser indicado para turistas que visitam áreas endêmicas. Já no segundo caso, a vacina é administrada após mordidas, arranhões ou mesmo lambedura de determinados animais.
Ao contrário do que muitos pensam, a lista de animais que podem transmitir raiva não se limita a cães e gatos, mas inclui mamíferos de todo tipo. No Brasil, os principais responsáveis por casos de raiva humana são morcegos (53%), cães (20%), felinos (11%), primatas (9%) e raposas (4%). Equinos, bovinos, suínos e caprinos também podem transmitir o vírus, sobretudo em ambientes rurais.
Já a lista de animais que não transmitem raiva inclui coelhos, roedores pequenos como esquilos, ratos, porquinhos-da-índia e hamsters, além de lagartos, peixes e pássaros em geral.
A produção da vacina antirrábica humana é pequena diante do tamanho da demanda global. O mesmo se aplica ao soro antirrábico e à imunoglobulina humana antirrábica [solução concentrada e purificada de anticorpos contra a doença e, atualmente, sem produtor no Brasil]”, disse. “Nesse cenário, temos que priorizar o uso correto e consciente desses imunobiológicos”, completou Jandira Lemos, presidente da regional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm),
Agência Brasil/Paula Laboissière