USP vai testar centenas de medicamentos para tratar o novo coronavírus

USP vai testar centenas de medicamentos  para tratar o novo coronavírus

Referência mundial em triagem fenotípica para reposicionamento e descoberta de novos fármacos, o Laboratório Phenotypic Screening Platform, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, começou no dia 30 de março a testar medicamentos para combater a covid-19.

o grupo possui uma parceria com a Eurofarma, que cedeu sua biblioteca de cerca de 1.500 fármacos para a pesquisa.  As moléculas estudadas são fármacos já aprovados para o tratamento de outras doenças e produzidos em território brasileiro. “A grande vantagem é agilizar o processo de descoberta de um tratamento. Um medicamento pode levar até dez anos para ser produzido, testado e aprovado. Nós não temos esse tempo. Precisamos agir agora”, explica o pesquisador, Lúcio Freitas-Junior, coordenador do laboratório.

O pesquisador estima que em cinco semanas o grupo já terá os resultados dos testes de mais de 2.500 compostos, e a partir desse momento será possível testar até 4 mil compostos por semana.

O projeto foi possível graças ao cultivo do novo coronavírus feito pelo grupo do pesquisador Edison Luiz Durigon, também do ICB, que recebeu amostras dos primeiros pacientes infectados no final de fevereiro, enviadas pelo Hospital Albert Einstein. “Nós temos o vírus sendo produzido na quantidade necessária para as triagens, o laboratório NB3 e a equipe altamente especializada em descoberta de fármacos e triagem fenotípica, que é uma tecnologia muito específica. Esses são os nossos três pilares”, destaca Freitas-Junior.

 

A iniciativa se destaca pela participação de diversos especialistas em diferentes áreas de conhecimento que estão trabalhando juntos para a descoberta de antivirais para covid-19 – como Luís Carlos de Souza Ferreira, diretor do ICB, e os virologistas Edison Luiz Durigon e Paolo Zanotto. Também participam do estudo Carolina Borsoi Moraes, especialista em triagem fenotípica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além de pesquisadores do Instituto de Física e do Instituto de Química de São Carlos (IFSC e IQSC) da  USP, e a Universidade de Campinas (Unicamp).

 

 

Fonte: Jornal da USP /Foto: Herton Escobar/USP

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