O Candida auris foi identificado na unidade e a confirmação foi divulgada nesta semana pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
O fungo tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente. Além disso, é muito resistente a medicamentos e pode ser fatal.
Dos quatro pacientes identificados, Dois pacientes infectados já tiveram alta e outras duas pessoas contaminadas seguem internadas.
Além das quatro confirmações, segundo a SES-MG, 24 outros casos estão sendo investigados. O primeiro caso confirmado do “superfungo” no país foi em 2020.
No mundo, o primeiro caso foi identificado em uma mulher em 2009 no Japão. Considerado um fungo emergente, ele é difícil de ser diagnosticado e pode levar a morte.
Segundo alerta emitido pela Anvisa após a notificação do primeiro caso no Brasil, o Candida auris representa uma “séria ameaça à saúde pública” porque: apresenta resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Algumas cepas de Candida auris são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos;
pode causar infecção em corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes com comorbidades;
a identificação desse fungo requer métodos laboratoriais específicos, já que a Candida auris pode ser facilmente confundida com outras espécies de leveduras;
pode permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses) e apresenta resistência a diversos desinfetantes;
é propenso a causar surtos devido à dificuldade de identificação por métodos laboratoriais rotineiros e de eliminação do ambiente contaminado.