O Prêmio Nobel da Medicina de 2022 foi entregue ao cientista sueco Svante Pääbo pelas suas descobertas sobre a evolução humana. O vencedor anunciado nesta segunda-feira (3) pelo secretário-geral do Comité Nobel, Thomas Perlmann, em Estocolmo, na Suécia.
Svante Pääbo foi reconhecido com o Prêmio Nobel da Medicina ou Fisiologia “pelas suas descobertas sobre os genomas de hominídeos extintos e a evolução humana”. Anunciou o Comité do Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo. O especialista em genética, de 67 anos, centrou a sua investigação no genoma dos Neanderthal.
O biólogo sueco é especialista em genética e diretor do Departamento de Genética do Max Planck Institute, na Alemanha. Através da sua investigação pioneira, “realizou algo aparentemente impossível: sequenciar o genoma do Neandertal, um parente extinto dos humanos atuais”.
“Também fez a descoberta sensacional de um hominídeo anteriormente desconhecido, Denisova”, explica em comunicado o Comité.
De acordo com o Instituto Karolinska, “Pääbo também descobriu que a transferência de genes ocorreu desses hominídeos agora extintos para o Homo sapiens após a migração para fora da África há cerca de 70 mil anos”.
“Esse antigo fluxo de genes para os humanos atuais tem relevância fisiológica hoje, por exemplo, afetando a forma como o nosso sistema imunitário reage a infeções”.
A investigação do especialista sueco “deu origem a uma disciplina científica inteiramente nova: a paleogenómia”.
“Ao revelar diferenças genéticas que distinguem todos os humanos vivos de hominídeos extintos, as descobertas fornecem a base para explorar o que nos torna exclusivamente humanos”.
O seu pai, o bioquímico Sune Karl Bergström, também foi agraciado com o Nobel da Medicina em 1982.
O período de entrega dos prêmios, iniciou nesta segunda-feira; tendo começado, como é tradição, com a categoria de Medicina. A escolha do Nobel de Medicina é proposta pelo Instituto Karolisnka, um centro de investigação sueco de medicina de prestígio mundial.
No ano passado, o Prêmio Nobel da Medicina foi atribuído a David Julius e Ardem Patapoutian “pelas suas descobertas de recetores para a temperatura e o tato”.
Fonte: RTP
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