Agentes da Polícia Federal cumpriram sete mandados de busca e apreensão na capital paulista, em Porto Feliz, no interior de São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. Os alvos são intermediários e fornecedores de equipamentos.
Operação desencadeada nesta terça-feira, 22, por ordem da Justiça Federal em São Paulo mira aquisição de 1280 ventiladores pulmonares ao custo de US$ 44 milhões, em abril de 2020.
O inquérito investiga os motivos que levaram o governo paulista a escolher a empresa contratada e do preço pago pelos equipamentos.
Todos os envolvidos na contratação direta serão intimados a depor nos próximos dias, inclusive o então secretário de Saúde José Henrique Germann.
A investigação estão sob comando dos delegados Paula Fontanelle e Adalto Machado, da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal em São Paulo.
A compra não envolveu recursos federais, mas a PF entrou no caso diante da suspeita de lavagem internacional de ativos.
O governador de São Paulo, João Dória se defendeu:
“O contrato que nós assinamos para efetivar essa compra foi um contrato que teve todo o segmento do regramento vigente, com todas as cláusulas previstas, inclusive cláusulas de penalização, foi precedido de pesquisa de preço. Então, não há o que se falar em direcionamento por qualquer ordem nesta compra. O que nos causa absoluta estranheza é um processo há dois anos que tramita, o governo de São Paulo de todos os órgãos de controle para a prestação de todas informações e neste momento, dois anos depois, somos surpreendidos com uma ação espetaculosa, justamente no ano eleitoral, com vistas a uma motivação política desta ação”