Os 1.500 funcionários da Santa Casa de São Paulo que serão demitidos no próximo dia 13, deverão receber o pagamento das verbas rescisórias parceladas em mais de 12 vezes. De acordo o Estadão Conteúdo, a proposta foi determinada em reunião mediada pelo Ministério Público do Trabalho – MPT, nesta terça-feira (6).
Serão gastos cerca de R$ 60 milhões com o pagamento do passivo trabalhista, segundo informou a assessoria do ministério. De acordo ainda com a publicação, o parcelamento poderá ocorrer em 4 meses, 12 meses ou mais, no entanto, vai depender do valor devido ao funcionário. Porém, as parcelas de cada trabalhador, não poderá ser menor do que o valor do salário que o trabalhador recebia na Santa Casa, conforme combinado em reunião, que teve a presença de representantes da entidade e dos trabalhadores.
“A proposta de parcelamento só foi considerada por causa das particularidades da instituição, uma organização sem fins lucrativos, nevrálgica no sistema de saúde do Estado e essencial para a formação de profissionais de saúde”, afirmou o procurador do MPT Paulo Isan.
Após reunião, os 13 sindicatos que representam as categorias atuantes na Santa Casa levarão a proposta aos trabalhadores em suas respectivas assembleias. A Santa Casa deverá ser informada até esta sexta-feira (9), sobre a decisão dos empregados.
Entre os funcionários que serão dispensados, estão 184 médicos, conforme revelou a reportagem na última quarta-feira – 30 de setembro. Segundo o Estadão, a dívida atualmente na instituição é superior a R$ 800 milhões e as demissões fazem parte de um plano de reestruturação.
*Redação Saúde no Ar