Procuradoria abre guerra contra o glifosato no campo

Procuradoria abre guerra contra o glifosato no campo

Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso e Ministério Público Federal entram com ação civil pública para proibir que produtores rurais de Mato Grosso utilizem qualquer agrotóxico que contenha o princípio ativo glifosato.

“Uma decisão favorável nesse momento é essencial para, ao menos, diminuir os efeitos negativos à saúde humana causados pelo referido princípio ativo, evitando-se a exposição prolongada que gera graves doenças crônicas. A  justiça tem uma decisão a tomar. Acolher o pedido dos Ministérios Públicos para ao menos mitigar e neutralizar parcialmente o aparecimento de doenças crônicas como o câncer, ou se contentar a, no futuro, proferir várias condenações em virtude de danos à saúde já materializados”, alerta a Procuradoria.

“É necessário que vários seres humanos adoeçam e morram ‘comprovadamente’ em razão do glifosato até que venha a sua proibição?”, questionam os autores da ação.

A decisão da procuradoria foi baseada  em pesquisas científicas desenvolvidas pela International Agency for Research on Câncer (IARC), ligada à  Organização Mundial de Saúde, que concluiu ser o produto cancerígeno.

O herbicida se popularizou no produto da  Monsanto chamado Roundup, também conhecido no  Brasil como ‘mata mato‘. Após a expiração da patente, passou a fazer parte de vários produtos disponíveis no mercado.

As informações são fornecidas pela Assessoria de Comunicação da Procuradoria, que deu prazo de 12 meses para o cumprimento da determinação, devido à larga utilização do princípio ativo no Estado para o combate de ervas daninhas.

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