A Polícia Federal colocou nas ruas nesta terça, 23, a Operação Moto-perpétuo, uma ação coordenada em Curitiba, São Paulo e Balneário Camboriú para recuperar ativos supostamente desviados do Sistema Único de Saúde (SUS). A PF busca desarticular um grupo que estaria envolvido na ocultação desses bens.
A pedido da PF, a Justiça Federal sequestrou 10 imóveis, avaliados em mais de R$ 20 milhões, e determinou a apreensão de veículos de luxo.
Entre os bens confiscados há um apartamento avaliado em mais de R$ 10 milhões localizado em Balneário Camboriú. Os investigadores descobriram que, embora o imóvel seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de uma empresa fictícia que tem como ‘sócio’ um beneficiário do auxilio emergencial da pandemia.
O benefício financeiro foi criado em 2020 pelo governo federal em meio ao flagelo da covid-19 que assolou o País para garantir renda mínima a cidadãos em situação vulnerável.
A Justiça autorizou, ainda, a apreensão de valores acima de R$ 10 mil e a indisponibilidade de cotas sociais de duas empresas, cujo capital totaliza R$ 500 mil.
A investigação teve início após suspeitas levantadas durante a Operação Fidúcia, também conduzida pela PF. Nessa investigação foi identificado um esquema em que os alvos faziam uso de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar recursos do SUS, totalizando um desvio de aproximadamente R$ 14 milhões.