O Decreto 40.987, assinado em fevereiro de 1957 pelo então presidente Juscelino Kubitschek, instituiu o Plano de Recuperação Econômico-Rural da Lavoura Cacaueira e a Ceplac como gestora do plano.
O objetivo era executar medidas para restaurar a lavoura, ampliar e melhorar as condições de colheita, armazenagem, preparo, beneficiamento, além de criar meios para combater pragas e doenças.
O país que já foi o maior exportador de cacau, hoje figura na sétima posição no mercado mundial,Hoje, o Brasil com produção puxada pela Bahia, Pará, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso e Espírito Santo.
Segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), a capacidade instalada no país permite atualmente a moagem de 275 mil toneladas de amêndoas. Como a produção nacional está abaixo desse volume, a indústria nacional precisa importar cacau para se manter abastecida e ativa.
Em 2018, o Brasil importou 62,4 mil toneladas de amêndoas de cacau de países do continente africano, que é o maior produtor mundial. Mais de 90% da importação são provenientes de Gana e o restante da Costa do Marfim, de acordo com balanço da AIPC.
O levantamento mostra também que, no ano passado, o Brasil comprou mais de 85 mil toneladas de chocolate, sendo que a maior parte veio da Suíça, e 35,5 mil de derivados de cacau, principalmente da Indonésia, Holanda e Costa do Marfim. Já o volume brasileiro exportado de amêndoas de cacau em 2018 foi de 616 toneladas. Os principais compradores da commodity brasileira são Japão, França e Holanda.
“A grande vantagem do Brasil na área da cacauicultura é que nenhum país do mundo tem todos os elos da cadeia produtiva do cacau. O Brasil é produtor, é moageiro, tem indústria de processamento e é consumidor de chocolate”, destaca Muller.
“O cacau tem um apelo social e um apelo de sustentabilidade, um dos poucos cultivos no mundo que é sustentável mesmo. Ele é ambientalmente favorável, socialmente benéfico e economicamente viável”, ressalta Manfred Muller, Coordenação-Geral de Pesquisas, Extensão e Desenvolvimento do Ministério da Agricultura
Na Bahia, a administração estadual também tem uma proposta de dobrar a produção até 2022, passando das atuais 120 mil toneladas para 240 mil ou até 270 mil toneladas por ano.
“A planta hoje responde aos insumos e ao manejo, e resiste de certa forma à vassoura-de-bruxa. Então, o estado acredita que é possível dobrar a produção em cinco anos. E a Ceplac é parceira no programa, pois já desenvolveu a tecnologia e tem acesso aos produtores”, conta Fernando Ribeiro, assessor técnico e ambiental da Ceplac Bahia.
Jorge Roriz
Informações do Ministério da Agricultura