A Psicóloga, Pesquisadora e Fomentadora das PICS no âmbito da saúde , Preceptora do Ambulatório Magalhães Neto- HUPES e Coordenadora do curso de Pós-graduação em Aromaterapia Cientifica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde. Idealizadora da Bothica dos Aromas e Ciranda dos Aromas, Ana Cláudia Figueirêdo, foi a convidada desta terça-feira, no Programa Saúde no Ar com transmissão pelas Rádios Excelsior AM 840 e Web Saúde no Ar, sob o comando de Patrícia Tosta.
Ouça o áudio do programa:
Por Ana Cláudia Figueirêdo,
O que é aromoterapia?
O uso dos aromas é algo que acompanha as histórias das civilizações, sendo amplamente utilizados pelos antigos egípcios, pelos índios e pelas medicinas indiana e chinesa, porém somente em 1989 que o termo aromacologia foi cunhado pelo Sense of Smell Institute para tratar do estudo das inter-relações entre os aromas e seus efeitos psicofisiológicos dando origem a essa área do conhecimento responsável por dar fundamento científico a aromaterapia (SANTOS, EL’AOUR, ??).
A aromaterapia se institucionalizou como prática integrativa e complementar através da portaria n°702/03/2018, publicada em 21 de março de 2018, responsável por inclui-la dentro da Política Nacional de Pratica Integrativa e Complementar em Saúde (PNPICS) (SANTOS, EL’AOUR, ??). Ela pode ser definida como a arte da ciência que faz o uso terapêutico de aromas naturais das plantas, através dos Óleos essenciais, com o intuito de promover o bem-estar físico, mental e emocional do indivíduo (LYRA,2009; BRITO,2016; GNATTA, 2016). Mas o que esses óleos essenciais?
Os óleos essenciais são produtos extraídos das plantas se constituindo de substâncias complexas, voláteis e de fragrância variável (BRITO, 2013). Sua forma de atuação pode se dar por via olfatória ou por via farmacológica no corpo humano, ou seja, os óleos essenciais podem ser utilizados via oral, via olfato, via tópica e via anorretal, é importante ressaltar que ao inalar os óleos também se produz efeitos farmacológicos (LYRA, 2009).
Os estudos dos óleos essenciais podem ter diferentes abordagens dentre elas: psiconeuroendocrinoimunológica, abordagem neurológica, farmacológica, psicológica e filosófica. Em se tratando da abordagem farmacológica os óleos essenciais podem ter efeitos terapêuticos diretos, agindo diretamente sobre microorganismos e processos metabólicos, ou indiretos. Esses efeitos terapêuticos são estudados e comprovados a luz dos componentes químicos presentes nos óleos que apresentarão tendências de propriedades terapêuticas sendo os responsáveis pelos efeitos dos óleos (LYRA,2009). Portanto, a aromaterapia se constitui como uma prática capaz de trazer efeitos potentes para o cuidado com a saúde a qual sua eficácia vem sendo cada dia mais corroborada através dos estudos científicos farmacológicos, psicológicos e psiconeuroimunologicos que vem sendo feitos.
Referência.
GNATTA, Juliana Rizzo et al. Aromaterapia e enfermagem: concepção histórico- teórica. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 50, n. 1, p. 127-133, 2016.
BRITO, A. M. G. et al. Aromaterapia: da gênese a atualidade. Revista Brasileira de plantas medicinais, v. 15, n. 4, p. 789-793, 2013.
LYRA, Cassandra Santantonio de. A aromaterapia científica na visão psiconeuroendocrinoimunológica: um panorama atual da aromaterapia clínica e científica no mundo e da psiconeuroendocrinoimunologia. 2009. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
SANTOS, Ana Claudia Figueirêdo Dos; EL’AOUAR, Isadora Sebadelhe. AROMATERAPIA: Uma nova tecnologia de cuidado, prevenção e promoção da
saúde. Faculdade Ruy Barbosa.
