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Especialista alertam para risco de comer placenta

Em vídeo publicado numa rede social, a influenciadora Fernanda Lacerda, conhecida como “mendigata”, apareceu comendo a própria placenta após o parto de seu filho. No vídeo ela alega que comer seria bom para a produção de ferro e combate à anemia, além de melhorar na produção de leite.

Contudo, não há qualquer comprovação científica de que a ingestão de placenta possa trazer benefícios. A placenta é o órgão de ligação entre a mãe e o bebê, onde facilita a troca de nutrientes e protege a criança das substâncias eliminadas pelo corpo da mãe.

Outros famosos, também seguiram costume, da placentofagia — ingerir partes do órgão ou ele por completo — como as Kardashian e a atriz January Jones. Além da ingestão “in natura”, há quem faça até cápsulas com partes do órgão.

Apesar do costume, especialistas, dizem que não há qualquer evidência de que isso seja verdade. De acordo com levantamento feito na Faculdade de Medicina de Northwestern, em Chicago, onde analisaram dez pesquisas sobre o tema publicadas recentemente. Não há evidências de que o consumo de placenta ofereça proteção contra depressão pós-parto ou que reduza dores, dê mais energia, ajude na amamentação, promova a elasticidade da pele, auxilie no vínculo entre mãe e bebê, nem funcione como fonte de ferro para a mãe.

Dessa forma, os especialistas alertam que o risco é maior no caso de mães com hepatite ou HIV, mas outras doenças infecciosas também podem ser transmitidas. Além disso, por se tratar de um tecido como qualquer outro, irá apodrecer caso não tenha armazenado adequadamente, o que irá expor a mãe ainda mais a infecções.

Foto: Reprodução

 

 

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