A Organização Social Civil (OSC) “Salve a Si”, localizada em Goiás, enfrenta acusações contra seus gestores. Denúncias de ex-funcionários apontam que a cúpula da instituição teria orientado a racionar os medicamentos para cortar custos e manter a reserva de remédios da ONG.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) confirmou que investiga a redução dos insumos, mas que não pode fornecer informações porque está sob sigilo.
As denúncias dos ex-funcionários apresentam troca de mensagens da equipe responsável pela administração dos medicamentos. Em uma das conversas, a profissional Camilla Bezerra, responsável pela sala de remédios, e a esposa do atual presidente da Salve a Si, Rafael Barnabé, orienta que os demais funcionários controlem o remédio em grupos dos colaboradores.
“Não vamos conseguir manter nossa reserva assim. Reduzam a quantidade ao máximo”, afirma Camilla em uma das mensagens. Ela orienta ministrar apenas 15ml de dipirona e que parem com a administração de paracetamol e nimesulida. “Quem reclamar de dor, chame o familiar”.
Antes de ser denunciada por desvio de dinheiro, a Salve a Si contava com três convênios: do Governo do Distrito Federal, da União e do Governo de Goiás. Atualmente, o instituto conta apenas com repasses do governo goiano.
As possíveis irregularidades englobam desvio de finalidade na utilização de recursos públicos, erros substanciais na execução das atividades objeto da parceria e deficiências associadas à transparência tanto na gestão dos recursos, quanto na prestação do serviço.
Informações do site Metrópoles.