Ferramenta de IA pode revolucionar exames de sangue rotineiros
Cientistas brasileiros desenvolveram algoritmos de inteligência artificial (IA) que interpretam exames de sangue de rotina, permitindo a detecção precoce do câncer de mama. O método desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) será testada por operadoras de saúde.
A ferramenta foi criada pela pesquisadora Daniella Castro Araújo, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto com outros colegas.
A IA é empregada para reconhecer padrões específicos em pacientes com e sem câncer, o que facilita o diagnóstico precoce.
Os componentes das amostras de sangue usando a tecnologia também auxilia no diagnóstico de doenças como Alzheimer e Covid-19.
Essa inovação tem o potencial de transformar a estratificação de risco, passando de uma abordagem populacional para uma análise personalizada. Afinal, a complexidade das interações entre os marcadores sanguíneos impede uma análise linear em doenças complexas como o câncer de mama.
Como no Brasil, cerca de 80% das mulheres não têm acesso à mamografia, essa ferramenta prioriza o atendimento às mulheres com maior risco.
Em paralelo, uma nova tecnologia chamada OncoSeek, desenvolvida pelo cientista Mao Mao e introduzida no Brasil através da clínica First Saúde, também utiliza IA para detectar precocemente diversos tipos de câncer.
Esse exame, baseado em biópsia líquida, analisa sete marcadores tumorais em uma simples amostra de sangue de cinco mililitros.
Ferramenta reduz taxa de falsos positivos para 93%.