Brasileiros passam mais de 5 horas por dia em frente ao celular; como evitar a fadiga ocular?

Você sabia que o Brasil é um dos países que mais utilizam celular? Conforme o relatório State Mobile, os brasileiros passam, em média, 5,4 horas por dia em frente ao smartphone.

Com isso, o nosso país divide a liderança com a Indonésia, que possui a mesma média. O ranking segue com Coreia do Sul, México e Índia, somando 5, 4,8 e 4,7 horas, respectivamente.

Porém, o uso prolongado de dispositivos eletrônicos promove danos à saúde, com destaque para fadiga ocular, condição cada vez mais comum.

O problema, também chamado de astenopia, pode desencadear catarata, hipermetropia e miopia. Em outros casos, ele surge quando os olhos ficam cansados após longas atividades visuais, principalmente olhando para telas.

Afinal, o espectro de luz, gerado por luzes artificiais, tende a comprometer a visão de pessoas que passam grande parte do dia conectadas.

Sintomas e consequências da fadiga ocular

O problema não é considerado grave, desaparece ao longo do tempo. No entanto, é fundamental buscar tratamento assim que os primeiros sintomas surgirem.

Secura, irritação, ardência nos globos oculares, dificuldade de concentração, vermelhidão nos olhos, alta sensibilidade à luz e limitação no campo visual são sintomas recorrentes em pacientes com fadiga ocular.

Assim como limitação do campo visual, contração involuntária das pálpebras, visão dupla ou ofuscada, dores na cabeça, nuca, pescoço, ombros e até mesmo na região das costas.

Consultas com o oftalmologista são importantes para que o quadro não se agrave. Como mencionado anteriormente, o cansaço dos olhos contribui para o surgimento de doenças sérias.

A catarata, por sua vez, se caracteriza por uma lesão que prejudica o cristalino, uma espécie de lente natural, localizada atrás da íris, responsável por regular o foco dos objetos. O problema deixa o cristalino opaco, provocando a sensação de visão embaçada.

A doença evolui aos poucos, sendo que inicialmente apenas um dos olhos é afetado pela catarata. Se não houver tratamento, o segundo olho também pode ser danificado e, como resultado, o indivíduo pode perder 100% da visão.

Já a miopia dificulta a visualização de objetos distantes. Em pessoas que não possuem o problema, a luz atravessa a córnea e chega a retina, se juntando em um ponto para finalmente formar a imagem.

Pacientes afetados pela miopia possuem um alongamento no globo ocular, condição que promove a formação da imagem antes dos raios de luz atingirem a retina. O tratamento pode estabilizar a doença, mas não garante que ela seja extinta por completo.

Por outro lado, a hipermetropia atrapalha a visualização a curta distância. Ou seja, objetos que estão perto ficam embaçados, mas o que está longe é focalizado de maneira correta. O tratamento é realizado por meio da cirurgia refrativa ou com o uso de óculos, ou lentes de contato.

Como evitar a fadiga e preservar a saúde ocular?

Sabendo que a principal causa da fadiga ocular é a utilização prolongada de dispositivos eletrônicos, a melhor escolha é reduzir o tempo em frente a celulares, computadores, tablets, videogames, televisões e demais aparelhos.

Veja, a seguir, mais 6 passos para diminuir ou eliminar o cansaço dos olhos.

1. Ajustar o brilho da tela

O ajuste do brilho da tela deve ser conforme a luz presente no ambiente. Em locais com muita luz, o brilho deve ser aumentado, para que a vista não seja forçada. Porém, lugares escuros pedem telas com luz baixa, evitando o brilho excessivo.

2. Fazer pausas

Diante de todos os benefícios e facilidades trazidas pelos dispositivos tecnológicos, parar de utilizá-los é praticamente impossível. Mas os usuários devem fazer pausas regulares, realizando interrupções no uso e evitando longos períodos de exposição.

3. Usar o filtro azul

Todos os aparelhos com tela possuem iluminação LED, que emitem a luz azul. Essa luz não apenas é nociva aos olhos, como também pode acelerar o envelhecimento, segundo informado pelo estudo da Oregon State University, dos Estados Unidos.

Por isso é importante ajustar o filtro azul, responsável por reduzir a quantidade de luz azul emitida pelo eletrônico. Atualmente, os aparelhos são fabricados com o mecanismo embutido.

4. Piscar com frequência

Geralmente, as pessoas piscam menos quando estão olhando para telas de celulares, computadores e televisores. Isso tende a deixar os olhos secos, vermelhos e irritados. Desse modo, é importante piscar com frequência durante o manuseio de dispositivos.

5. Manter distância da tela

Outra medida eficiente para combater a fadiga ocular consiste em manter a tela a uma distância segura dos olhos. Ela não pode estar nem tão perto, nem tão longe, para evitar o esforço excessivo. A distância ideal é de cerca 50 centímetros, como afirmou o neurocirurgião Fernando Gomes em entrevista à CNN Brasil.

6. Realizar pequenas mudanças no ambiente de trabalho

Os cuidados devem ser redobrados no ambiente de trabalho, local onde as pessoas costumam passar horas e mais horas conectadas e, consequentemente, expostas a telas. Além de ajustar a distância entre a tela e os olhos de maneira correta, é possível trocar a cadeira convencional por um modelo ergométrico, reduzindo lesões na coluna e melhorando a postura.

As medidas citadas nos últimos parágrafos se mostram pertinentes, pois o uso de eletrônicos se intensifica cada dia mais. E a tendência é que a tecnologia esteja cada vez mais presente na vida das pessoas.

Pequenas atitudes, como fazer pausas, ativar o filtro azul e manter a distância recomendada entre a tela e os olhos, ajudam a evitar problemas na visão, incluindo fadiga e, em casos extremos, catarata, miopia e hipermetropia.

Se os sintomas aparecerem, mesmo com a adoção das precauções, o paciente deve procurar um oftalmologista. Ignorar sintomas apenas agrava o quadro. Vale lembrar que visitar o consultório médico também é mais uma maneira de combater problemas de visão. Afinal, o profissional consegue identificar o distúrbio no início, evitando sua evolução.

 

Da Redação

 

 

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