De acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), O Brasil tem 575.930 médicos ativos, uma proporção de 2,81 por mil habitantes, a maior já registrada no país.
Os médicos estão concentrados nas capitais brasileiras (52%) e a população das cidades do interior estão desasistidas com falta de médicos ou número de médicos insuficiente.
“Há forte desigualdade na distribuição dos médicos pelo território. A maioria dos profissionais têm optado por se instalar nos estados do Sul e do Sudeste e nas capitais devido às condições de trabalho. Aqueles que moram no Norte, no Nordeste e nos municípios mais pobres do interior se ressentem da falta de investimentos em saúde, dos vínculos precários de emprego e da ausência de perspectivas”, analisa o presidente do CFM.
“Mantendo-se o mesmo ritmo de crescimento da população e de escolas médicas, dentro de cinco anos, em 2028, o País contará com 3,63 médicos por mil habitantes, índice que supera a densidade médica registrada, por exemplo, na média dos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE)”, afirma Gallo.
“O aumento no número de faculdades de medicina e a expansão das vagas nos cursos existentes contribuíram significativamente para o aumento do contingente de médicos disponíveis no mercado. Contudo, este cenário também suscitou questionamentos sobre a qualidade da formação médica oferecida”, afirma Gallo.
o número de médicos na Região Norte do Brasil só supera o índice de países como Índia, África do Sul e Indonésia, segundo dados da OCDE de 2021. Enquanto isso, o número no Sudeste equivale ao patamar encontrado na Europa, em nações como Reino Unido, França e Israel.
o número de médicas no Brasil vem aumentando. Em 2023, os homens eram 50,08% do total, enquanto as mulheres compunham 49,92%. A estimativa é que, ainda em 2024, o número de médicas ultrapasse o de médicos. Atualmente, entre os profissionais com 39 anos ou menos, as mulheres já são a maioria, representando 58%