Barroso diz que recebeu ligação de Lula “preocupado” com impunidade sobre incêndios criminosos
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta segunda-feira (16) que o Judiciário precisa tratar os crimes ambientais “com a gravidade” que esses delitos possuem. “São crimes que se tornaram gravíssimos”, afirmou, ao chamar a atenção de autoridades policiais e de juízes.
“O próprio Presidente da República, que me telefonou preocupado, com a circunstância de impunidade em relação a essas queimadas dolosas, enquanto que daqui faço já, primeiro, ao poder judiciário e aos juízes que tratem esse crime com a seriedade que ele merece ser tratado”, disse Barroso. A declaração foi feita na abertura da segunda reunião do Observatório do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas do Poder Judiciário, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O CNJ é presidido pelo presidente do STF. Conforme Barroso, é preciso uma campanha de conscientização para que a população deixe de usar o fogo na época da seca.
“Tem a ação criminosa deliberada, que é de tacar fogo na mata mesmo, e tem a ação culturalmente de queima de lixo, que também tem servido para propagar essas queimadas que estão devastando o país. De modo que era preciso uma campanha de conscientização da população, de não utilização do fogo em nenhuma circunstância, sobretudo no período de seca”
A polícia federal já prendeu alguns mais não foi revelado nomes e quem está por trás desses crimes. Deve existir algo orquestrado e as penalidades para esses crimes devem ser ampliadas.
As condições climáticas atuais favorecem as queimadas, ventos, calor, mas grande parte dos incêndios são feitos pela ação humana.