Atualmente é bastante comum o consumo dos alimentos entupidos de agrotóxicos – produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos para uso no cultivo, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas – que podem provocar danos a saúde, como intoxicação, diarreia, irritabilidade e até mesmo dor de cabeça.
Invisível aos olhos do consumidor, as agrotóxicos, são apenas detectados apenas em laboratórios ou pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Segundo a pediatra Flávia Nassif, com o metabolismo ainda em desenvolvimento e em ritmo mais acelerado, pequenas quantidades dessas substâncias são suficientes para prejudicar a saúde das crianças.
A especialista enfatiza que os bebês e as crianças são mais aptas aos danos dos agrotóxicos e destaca que entre os sintomas estão: intoxicação, náuseas, tonturas, dificuldade respiratória, sudorese, salivação excessiva, diarreia, irritabilidade, dor de cabeça e fadiga.
O uso do veneno está relacionado a doenças como leucemia, déficit de atenção, hiperatividade e problemas neurológicos, em estudos com crianças, afirma Flávia. “Sabemos que não é fácil trocar o cardápio inteiro e só servir alimentos livres de agrotóxicos aos filhos. Mas, se estiver ao alcance da família, vale dar preferência a alimentos orgânicos. O mais importante dos alimentos orgânicos é que eles oferecem os mesmos nutrientes, porém livres de hormônios, pesticidas e fertilizantes químicos”, salienta a especialista.
Muitos alimentos que chegam à mesa do consumidor não passam por controles de nível de agrotóxico, segundo os dados divulgados esta semana pela Defensoria Pública de São Paulo. Dentre os alimentos, foram analisados verduras, frutas e legumes, que apresentaram 21,6% índices elevados dessas substâncias.
Aproximadamente 2.000 crianças e adolescentes, entre 0 e 14 anos, tiveram intoxicação por agrotóxico no Brasil nos últimos 7 anos, aponta um estudo da Universidade de São Paulo – USP. De acordo com a pesquisa, a situação ocorre porque a cada 50 casos, apenas um é notificado às agências de saúde.
A pediatra por exemplo, recomenda aos pacientes dela, o consumo do morango e kiwi, após a criança completar um ano. Segundo ela, os frutos apreesentam altos índices dessas substâncias.
*Redação Saúde no Ar