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Sol em Alta Atividade Pode Ampliar Ocorrência de Auroras Boreais por Décadas, Aponta Estudo Científico

Sol em Alta Atividade Pode Ampliar Ocorrência de Auroras Boreais por Décadas, Aponta Estudo Científico

Um novo estudo publicado na respeitada revista Space Weather sugere que o Sol está iniciando um ciclo de atividade intensa que pode durar várias décadas, influenciando diretamente a frequência e a intensidade das auroras boreais — fenômenos luminosos que até então eram restritos às regiões polares, mas que têm surgido em latitudes mais baixas, como nos Estados Unidos e na Europa.

 

🔬 O estudo e os responsáveis pela descoberta

A pesquisa foi conduzida por Kalvyn Adams, do Departamento de Astrofísica da Universidade do Colorado, em colaboração com cientistas da Dartmouth College, Universidade da Pensilvânia e do Laboratório de Pesquisa Espacial da Força Aérea dos EUA. O artigo intitulado “Turnover in Gleissberg Cycle Dependence of Inner Zone Proton Flux” foi publicado em março e se baseia em mais de 40 anos de observações de satélites.

 

📡 Análise da Anomalia do Atlântico Sul: a janela magnética da Terra

Os cientistas analisaram dados de satélites da NOAA, que sobrevoam a chamada Anomalia do Atlântico Sul (SAA) — uma área onde o campo magnético terrestre é mais fraco, permitindo a entrada de partículas energéticas como prótons de alta energia. Essa região atua como um verdadeiro “laboratório natural” para observar a radiação espacial ao redor do planeta.

 

📉 O que mudou nos dados?

O estudo detectou uma queda abrupta no fluxo de prótons na SAA desde 2022, em contraste com o padrão de crescimento observado nas décadas anteriores. Isso coincide com o início do atual Ciclo Solar 25 e sugere uma expansão atmosférica causada por maior radiação solar, que “expulsa” essas partículas do cinturão de radiação da Terra.

 

🔁 O Ciclo Centennial de Gleissberg: um novo ciclo solar se aproxima?

Os autores associam essa mudança ao Ciclo Centennial de Gleissberg (CGC) — uma oscilação secular da atividade solar com duração entre 80 e 100 anos. Segundo o estudo, o Sol teria deixado um período de baixa atividade e estaria entrando em uma nova era de maior intensidade solar, o que poderá resultar em mais auroras boreais, mais tempestades solares e impactos nas tecnologias terrestres e espaciais.

 

🌌 Auroras boreais mais frequentes e intensas?

Esse novo ciclo de alta atividade solar tem potencial para intensificar as tempestades geomagnéticas, fenômenos que interagem com o campo magnético da Terra e produzem as auroras boreais. Em maio de 2024, por exemplo, uma tempestade solar extrema permitiu a observação de auroras até no centro dos EUA e partes da Europa, algo raro e comparável apenas ao evento de 2003.

 

⚠️ O que dizem outros especialistas?

Apesar da empolgação, o físico solar Scott McIntosh, ouvido pela revista Forbes, recomenda cautela:

“É cedo demais para afirmar que o Ciclo de Gleissberg entrou em uma nova fase. Precisamos de mais dados e estudos para confirmar essa tendência.”

 

🛰️ Impactos para satélites e infraestrutura

Se por um lado a queda no fluxo de prótons pode reduzir os riscos para satélites que atravessam a SAA, por outro, o aumento da atividade solar implica em mais tempestades solares, que podem danificar equipamentos em órbita, afetar redes elétricas, comunicações e até sistemas de navegação.

 

🔎 Por que isso importa para você?

Além de possibilitar espetáculos celestes mais frequentes, como as auroras, essas mudanças têm implicações práticas:

 

Palavras-chave em destaque:

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