Desde que a Lei Antifumo foi criada que foi percebida que houve uma queda de 34,4% no número de fumantes passivos no trabalho nas capitais brasileiras. A constatação da queda foi dada através da pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) que comparou os levantamentos realizados em 2011 e 2015. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, acredita que os números comprovam que as ações promovidas pelo governo federal têm surtido efeito. “A redução de fumantes passivos é um grande avanço para o país. Por isso, não podemos parar de promover e articular ações para reduzirmos os malefícios causados pelo tabagismo na população”, ressalta Barros.
O histórico mostra que no ano de 2011, a média era de 12,2% de pessoas expostas a fumaça de cigarros e outros produtos derivados do tabaco no trabalho. Dados da Vigitel revela que no de 2015, o número caiu para 8% nestes ambientes. Foi observada também que a frequência do fumo passivo no trabalho foi maior entre os brasileiros com idades entre 25 e 64 anos, sendo que os números de não fumantes que se expõe ao tabagismo passivo é 12%, enquanto entre as mulheres é de 4,6%. O resultado da pesquisa da Vigitel apontou que as capitais que apresentaram maior percentual de queda no número de fumantes passivos dentro dos locais de trabalho foram Palmas (50,3%), Belo Horizonte (49%), Porto Velho (48,9%) e Goiânia (47,6%). Já que as tiveram menor percentual estão Florianópolis (7%), São Paulo (17,1%) e Teresina (20,5%). O estudo foi realizado com mais de 54 mil pessoas, maiores de 18 anos, nas 27 capitais do país em 2015.
O levantamento da Vigitel também apontou a diminuição no número de fumantes passivos em casa. De acordo com o órgão no ano de 2015, a queda foi de 22,8% entre a população adulta das capitais brasileiras. Em 2011, o número era de 11,8%, caindo para 9,1% no atual levantamento. A frequência de fumantes passivos no domicílio foi maior entre os mais jovens (18 a 34 anos), em ambos os sexos, sem distinção segundo escolaridade. Entre as capitais que apresentaram a maior diminuição nesse período estão: Fortaleza (52,3%), Boa Vista (51,3%) e Vitória (51.2%).
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Fumante Passivo
Pode não parecer, mas o tabagismo passivo também causa doenças e mortes. O tabagismo passivo ou fumante passivo refere-se a inalação de fumaça de cigarros (ou outros produtos derivados do tabaco) por pessoas que não fumam. A fumaça se difunde no ambiente e faz com que as pessoas ao redor inalem a mesma quantidade de poluentes que os fumantes. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), constatou que em 2013, o tabagismo passivo foi a terceira maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool.
Além dos efeitos imediatos ocasionados pela fumaça do tabaco como irritação nasal e nos olhos, dor de cabeça, irritação na garganta, vertigem, náusea, tosse e problemas respiratórios. Ainda existe danos a longo prazo que está relacionada ao aumento do risco de câncer de pulmão, de infarto, e de várias outras doenças graves, penosas e fatais relacionadas ao tabagismo.
Lei Antifumo
O governo realizou uma série de ações que fizeram com que houvesse a redução no consumo do tabaco no Brasil. Uma delas, foi a Lei Antifumo, lei que atua há cinco anos e tem o objetivo de proibir o ato de fumar em locais totalmente fechados. A política de preços mínimos, também é uma ação que pode ser considerada eficiente, pois está diretamente ligada à redução do consumo do cigarro em todas as faixas etárias.
Outras atividades realizadas pelo Ministério da Saúde também ampliaram a atenção e a campanha de prevenção para aos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade, indígenas, quilombolas), além de ter assim contribuído para o fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos produtos derivados do tabaco e álcool. Houve também o fortalecimento, no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações educativas voltadas à prevenção e à redução do uso de álcool e do tabaco.
Redação Portal Saúde No Ar
Louise Batista