Para Alexandre Medeiros, diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, a expansão dessas vagas evidencia o compromisso do governo federal em formar a quantidade necessária de profissionais para atender com qualidade a população. “Com essa ampliação pretendemos, também, estimular que os profissionais que se formam no interior permaneçam nesses locais. Isso permitirá reduzir a desigualdade de distribuição de médicos nos diversos territórios do país”, avalia Medeiros.
O Nordeste é a região que mais receberá vagas, com um total de 160 vagas a serem oferecidas por quatro instituições, mas a Bahia ficou de fora. Outras 76 serão abertas no Sul, 56 no Norte e 55, no Sudeste. No Nordeste, as unidades de ensino vão oferecer os cursos em Pinheiro e Imperatriz, no Maranhão; Parnaíba, no Piauí, e Arapiraca, em Alagoas. No Sul, em Curitiba, no Paraná; Chapecó, em Santa Catarina, e Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. No Norte, em Araguaína, em Tocantins, e Uberaba e Uberlândia, Minas Gerais, no Sudeste.
A expansão e restruturação na formação médica faz parte de uma série de medidas estruturantes que integram o Mais Médicos, com foco na diminuição da carência de profissionais médicos no país e na expansão do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Pelo programa, estão previstas a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas até 2018 com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.
Até o momento, já foram autorizadas 5.027 novas vagas de graduação, sendo 1.690 em instituições públicas e 3.337 em instituições privadas, além da seleção de 39 municípios para criação de novos cursos e lançamento de edital este ano priorizando 22 cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 2014, o governo federal autorizou 2.586 novas vagas de residência. A abertura de novos cursos e vagas de graduação leva em conta a necessidade da população e a infraestrutura dos serviços – com isso, mais faculdades surgirão em localidades com escassez de profissionais, como no Nordeste e no Norte do país, e em cidades do interior de todas as regiões brasileiras.
Fonte: Agência Saúde