Um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), encontrou pela primeira vez no Brasil, mosquitos Aedes aegypti naturalmente infectados com o vírus Zika. A descoberta reforça que o A. aegypti deve ser a via de transmissão mais frequente do vírus no país.
Na pesquisa foram capturados cerca de 1.500 mosquitos adultos de diversas espécies – entre machos e fêmeas, por meio de equipamento de aspiração e levados para análise no Laboratório. Destes, quase a metade eram da espécie A. aegypti. Os diagnósticos da presença do vírus Zika foram realizados a partir de duas metodologias: a análise molecular, por meio da técnica de RT-PCR em tempo real, capaz de identificar a presença do material genético (RNA) do vírus, e a técnica de isolamento viral, que demonstra que o mosquito carreava partículas virais infectantes.
O resultado apontou a presença do vírus em três conjuntos de mosquitos A. aegypti coletados nos bairros de Coelho da Rocha, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e Realengo, Zona Oeste do Rio. Entre os mosquitos capturados, nenhuma outra espécie estava infectada.
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Anteriormente estudos haviam apontado outras duas espécies como possíveis vetores: o Aedes albopictus e o Culex, conhecido como pernilongo. Na pesquisa, eles foram encontrados, mas nenhum deles estava infectado. O líder do estudo, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz, Ricardo Lourenço, afirmou que fatores como o comportamento do Aedes, a densidade e a distribuição populacional das regiões brasileiras podem ter contribuído para a rápida propagação do zika.
Fonte: MS
Redação Saúde no Ar*
João Neto