Os Estados Unidos, a União Europeia e mais de dez países latino-americanos rejeitaram a decisão da Suprema Corte da Venezuela de sacramentar a reeleição de Nicolás Maduro.
A União Europeia voltou a exigir que o governo apresente as atas de cada uma das urnas de votação e passem por uma auditoria externa. Já o grupo que inclui Estados Unidos, Argentina, Chile e Uruguai declarou que a Justiça venezuelana não é imparcial nem independente.
A Organização dos Estados Americanos afirmou que vai denunciar Nicolás Maduro e seus aliados ao Tribunal Penal Internacional por tortura e execuções de dissidentes políticos.
Em um comunicado conjunto divulgado nesta sexta, EUA, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai disseram que não reconhecem a decisão do Supremo venezuelano. Os signatários também pedem uma “auditoria imparcial” dos votos.
“Nossos países já haviam manifestado o desconhecimento da validez da declaração do CNE (de que Maduro venceu as eleições), logo depois de que o aesso dos representantes da oposição à contagem de votos foi impedida, da não publicação das atas (eleitorais, que contabilizam os votos) e da recusa posterior em que se fizesse uma auditoria imparcial e independente”, disse o comunicado.
Brasil e Colômbia vão fechar uma posição conjunta e divulgarão notas exigindo, mais uma vez, a apresentação pública de todas as atas com os dados de votação das urnas eletrônicas venezuelanas.