Outubro Rosa: Combate ao câncer de mama

Outubro Rosa: Combate ao câncer de mama

outubro-rosa-desfile-reune-mulheresOs pacientes que descobrem o câncer de mama apresentam vulnerabilidades emocionais, podendo atrasar a evolução do probelma, principalmente quando o tumor se espalha para os demais órgãos. Segundo a pesquisa do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, em torno de 50% dos pacientes desenvolvem algum transtorno psiquiátrico, em especial a depressão. A falta de esperança para prosseguir o tratamento faz com que o grau da doença evolua, afastando da possibilidade de cura.  Antes de mais nada, é importante ficar atento aos sinais que seu corpo apresenta. O autoexame da mama deve ser feito uma vez no mês para que haja a diminuição da mortalidade causado pelo câncer de mama. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), este ano o câncer de mama afetará aproximadamente 85.600 mulheres no Brasil, sendo o mais comum no país. “A incidência de câncer de mama vem aumentando nos países Ocidentais e nos que passam por ocidentalização”, afirma o mastologista.

HISTÓRIA

O movimento do Outubro Rosa iniciou na década dos anos 90 nos Estados Unidos, onde vários estados americanos promoviam atos isoladamente, afim de estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Com a aprovação do Congresso Americano, o mês de outubro se tornou a campanha internacional da prevenção pelo diagnóstico precoce e logo conquistou os demais países a prosseguir com o movimento.

Criado pela Fundação Susan G. Komen for the cure, o laço cor-de-rosa foi distribuído para participantes da primeira Corrida pela Cura, depois disso, em 1997 surgiram outras formas de fomentar as ações, entidades das cidades de Yuba e Lodi do Estados Unidos, enfeitavam as ruas com o laço, realizavam corridas, desfiles de moda com pessoas que venceram o câncer de mama e outras atividades, época em que surgiu a expressão Outubro Rosa.

CAUSA

O câncer de mama é gerado a partir do crescimento de células (malignas) que se desenvolve nos tecidos e órgãos. Em especifico, um aumento anormal no ducto e nos glóbulos mamários. Esse tipo de câncer é o mais frequente no público feminino, sendo uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Mastologia.

SINTOMAS

Alguns sinais podem levar a identificar o surgimento nas suas fases inicias, mas também pode ocorrer de nçao apresentar sintomas, o que não é comum. Os sintomas mais comuns é o aparecimento dos nódulos na região do seio, frequentemente são indolores, duros e irregulares, e o menos frequente macios e arredondados.Por isso, é necessário fazer exames periodicamente para se prevenir o quanto antes.

1- Nódulo endurecido na mama

2- Abaulamento na mama

3- Inchaço no seio

4- Vermelhidão na mama

5- Mudanças no mamilo

6- Sensação de massa/nódulo em uma das mamas

7- Sensação de nódulo aumentado na axila

8- Espessamento do mamilo

9- Endurecimento da pele da mama

10- Secreções no mamilo

11- Formação de crostas ou feridas perto do mamilo

12- Inchaço no braço

13- Dor na mama

14- Perda de peso

15- Cansaço

16- Sangramentos anormais

17- Alteração na pele da mama

18- Mudança no tamanho das mamas

19- Alterações de forma e textura nas mamas

20- Coceira frequente na mama ou mamilo

É preciso ficar atendo aos sintomas, pois podem aparecer sozinhos ou em conjunto, mas somente uma avaliação poderá dizer, com precisão, se existe ou não a doença. O melhor período para avaliar a mama é dias após a menstruação para que não haja influência do ciclo menstrual.

TIPOS HISTOLÓGICO

A doença pode ser classificada em diversos subtipos, levando em conta os fatores histológico, estádio, imuniostoquímica que distingue quais as formas de terapias serão feitas.  

– Carcinoma ductal in situ – É o câncer de mama não invasivo que se instala no ducto da mama sem se espalhar para as correntes sanguíneas e os demais órgãos. Lembrando que este tipo de câncer tem potencial para se transformar em invasor.

– Carcinoma ductal invasivo – Não diferente do ductal in situ, esse também se infiltra nos ductos mamários, mas tem grande possibilidade das células cancerígenas se espalhem para outros órgãos por meio de veias e vasos linfáticos.  

– Carcinoma lobular invasivo – Este é o segundo tipo mais comum. Manifesta nos lobos mamários, podendo se instalar em outros tecidos e estimular a célula crescer. Habitualmente corre o risco de se estender para outra mama e/ou ovário.

ESTADIO DO CÂNCER DE MAMA

O estádio do câncer de mama é categorizado em 4 fases, baseando-se nas características da extensão anatômica da doença, onde o tumor está localizado, os linfonodos das cadeiras de drenagem linfática do órgão e a presença ou ausência de metástases.  

– Estádios 0 – As células cancerígenas ainda não estão contidas nos ductos, por isso nesta fase é possível tratar.

– Estádios 1 –  O tumor quando apresenta menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila

– Estádios 3 – Quando chega ao tamanho de 5 cm ou mais há uma grande possibilidade de atingir para as glândulas linfáticas, músculo e pele. Mas ainda não há indício de que o câncer se espalhou pelo corpo.

– Estádios 4  Nesse momento o tumor já se espalhou para outros órgãos (metástase), a cura normalmente não é possível, já que compromete as glândulas linfáticas. No Brasil cerca de 60 a 70% dos casos são diagnosticados em estádio 3 ou 4.

Lançamento da campanha 'Outubro Rosa'TRATAMENTO

A forma dos recursos varia de acordo com o desenvolvimento da doença, o que determina a escolha do tratamento é a presença ou ausência de receptores hormonais e a identificação se possui metástase ou não. Todo tumor deve ser retirado com cirurgia, podendo remover parte da mama ou por completo, mas há casos que podem ser combinados com outros tratamentos.  

Além disso, a idade e o estado de saúde do paciente irão identificar o tratamento adequado. O tratamento de uma mulher saudável e mais jovem, difere de uma mulher com o perfil de 80 anos, com pouca resistência e presença de outras doenças – ainda que o tipo e extensão do câncer sejam exatamente iguais.  

O caso mais comum é quando o câncer “metastatizar” para a axila, portando a células neoplásicas, seu modo de avaliação é realizado através do linfonodo ou dissecção axilar, assim a técnica de cirurgia plástica chamada de oncoplástica é aplicada para obter precisão no tratamento do câncer mamário.

Outra forma eficaz é o tratamento de oncologia que permite igualar cirurgicamente a mama contralateral, causando um resultado de bem-estar ao paciente. Vale lembrar que nos casos de mastectomia todas as pacientes possuem o direito da reconstrução mamária.

Quando é realizado o tratamento à base de cirurgia, a radioterapia aplica-se em seguida, conservador ou em casos específicos de câncer avançado.

Os tratamentos são bem específicos, no momento de orientar os pacientes seus históricos são estudados particularmente para enfim, destinar qual ou quais formas do seu tratamento. Então, não procure fazer comparações com casos semelhantes ao seu, cada pessoa possui sua singularidade. 
 

Confira abaixo três tecnologias para detectar o câncer mamário:

Ressonância magnética de mamas: Este modo se consolidou como uma ferramenta indispensável para diagnosticar e tratar o tumor cedo. Sua principal característica é a altíssima sensibilidade na detecção de pequenos focos do tumor.

Tomossintese mamária: esse exame trata-se da aplicação avançada da mamografia digital, permitindo uma avaliação tridimensional da mama, assim como na mamografia, a mama é comprimida, porém, o procedimento tem a capacidade de refinar a caracterização dos achados mamográficos, reduzir o número de lesões benignas e aumentar as taxas de detecção do tumor em mulheres com mamas densas.

Elastografia: o procedimento é feito a partir de um aparelho de software acoplado ao aparelho de ultrassom convencional, permitindo a avaliação dos diferentes tecidos conforme a variação da compressão e elasticidade, partindo do princípio de que as lesões benignas são mais moles e as malignas mais duras.

Foto: Internet

Redação Saúde no ar .

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