Entidades filantrópicas debatem novos parâmetros para a saúde

Os serviços de saúde tem sofrido impactos cada vez maiores desde que a instabilidade política e econômica do país começou. Pensando neste contexto, o tema central do 10º WORKSAÚDE e II Fórum de Saúde Bahia, foi: O Futuro da Saúde, repensando tabus e novos desafios.

O evento conjunto foi realizado, em Salvador, nesta terça-feira, 13 de junho, no Fiesta Bahia Hotel, pelo Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado da Bahia (Sindifiba) e Federação das Santas Casas da Bahia (FESFBA).

A mesa de abertura foi composta pelo Presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas da Bahia (Fesfba), Maurício Dias e pela presidente do Sindicato das Santas Casas, Cláudia Alves entre outros representantes do segmento.

“Estimular os associados a manter a qualidade dos seus serviços, mesmo com a crise e com as novos desafios sociais é um dos motivos deste evento”, explicou Maurício em entrevista ao Saúde no Ar.

As estratégias de comunicação para que gestores, servidores e pacientes estejam satisfeitos e evitem que haja ruído durante a estadia na unidade de saúde, também foi discutida por Maurício Dias que ressaltou a importância de dialogar adequadamente com cada situação e saber lidar com as ferramentas de comunicação disponíveis:

Outra situação, bastante recorrente em unidades de saúde pelo país, é a maneira que o servidor deve proceder em momentos de tensão por parte do paciente ou de sua família. A sugestão do palestrante é de que em todas as hipóteses os colaboradores estejam serenos e ofereçam alternativas de diálogo, assumindo uma posturas adulta e equilibrada diante dos solicitantes, até que sejam atendidos adequadamente ou que tenham uma resposta satisfatória na medida do possível, para as suas demandas.

A boa ou má comunicação implica na imagem da instituição na segurança do paciente e por fim na qualidade do serviço. A grande questão , segundo Dias é: “Se perguntar de que forma você quer ser tratado? Atendido ou  advertido ? É dessa forma que deve se comunicar com o outro.

“O amor é contagioso e lidar com ele nas relações de saúde é o melhor caminho pois minimiza sofrimentos e evitar maiores conflitos, finalizou o presidente.

A segunda palestra do mestre Jaime Gama, assessor estratégico do Hospital São Rafael,abordou o tema “Gerindo Mudanças numa Era Exponencial”.

“ A geração Y já reponde por 51%¨ das estratégias empresarias, no entanto, os empregadores estão despreparados para lidar com uma força de trabalho diversificada.  As entidades precisam estar atualizadas as inovações e acima de tudo, aceitar a entrada dos jovens e dos novos modelos de lidar com sua equipe e publico alvo”, afirmou.

A terceira palestra, trouxe ainda mais detalhes sobre o tema do contexto atual seus tabus e desafios: “Lidando com a Diversidade nas Organizações de Saúde”, apresentado pelo sócio-diretor da Txai Consultoria e Educação, também secretário Executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBT, Reinaldo Bulgarelli. Algumas situações comuns na atualidade foram ressaltadas chamado atenção para o momento complexo que estamos vivendo e que pede uma atuação adequada por parte dos profissionais da saúde,  como por exemplo: em casos de pacientes que possuem nome social, e, que não  querem ser chamados pelo nome de registro, a instituição deve se adequar criando espaços para inclusão deste dado, na ficha de atendimento, dessa forma, a instituição garante o respeito à solicitação evitando constrangimento e/ ou um futuro processo.

No período da tarde os palestrantes trataram mais especificadamente sobre gestão. Estiveram presentes, César Almeida presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Dr Raimundo Correia presidente do Sindicato dos Hospitais  e Estabelecimentos  de Serviços de Saúde da Bahia, Dr Bruno Carrijo Coordenação do Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde e Roberto Sá Menezes.

Dados expostos pelo representante do Ministério da Saúde, mostraram que as entidades filantrópicas ligadas ao SUS, respondem por cerca de 70% dos atendimentos de alta complexidade, o que representa uma grande força no setor de atendimento direto à população.

O Saúde no Ar transmitiu parte do evento ao vivo nesta terça-feira pela Rede Excelsior de Comunicação e também pela Rádio Web-saúde no ar. Ouça:

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