Nesta sexta-feira (14/08), no Programa Saúde no Ar ( Rádio Excelsior da Bahia), Patrícia Tosta, entrevistou a psicóloga Ravena Pires, membro da Superintendência de Política sobre drogas e acolhimento a grupos vulneráveis(Suprad), Edmundo Filho, coordenador do Núcleo de Rádio da Secretaria Estadual de Comunicação Social ( foto) e o psiquiatra George Gusmão Soares, coordenador do Núcleo do Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas- Cetad. Eles conversaram sobre o uso de drogas. Um grave problema social, econômico, e de saúde que afeta diversos países, o governo e as famílias.
O psiquiatra George Gusmão Soares, destacou que faz uma avaliação mais ampla do paciente para compreender as razões que levaram o indivíduo a buscar a droga e lamenta a falta de recursos para combater o problema: “Toda vez que a gente atende um usuário, buscamos compreender quais são as consequências na sua psíquica, e também temos o cuidado com as repercussões clínicas que o uso de drogas tem, fora as consequências sociais que tem o consumo para a vida do indivíduo”, afirmou George.
Ele é o coordenador do Núcleo do Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas- Cetad e atende através do telefone 3283- 7180. “Fazemos semanalmente o agendamento de novos acolhimentos”, inclusive de usuário de álcool e outras drogas, afirmou Gusmão.
George lamenta a falta de recursos para enfrentar o problema e que é necessário um investimento maior dos gestores na ampliação desses serviços e na qualificação dos profissionais que atendem os dependentes de drogas.
“Infelizmente vivemos esta situação não só em Salvador como em outras cidades de nosso país de inexistência de serviços que possam atender a essas demandas tão grande”.
Edmundo Filho disse que o crack é a droga de maior preocupação mundial, devido ao baixo custo e aos danos causados ao dependente sendo um grave problema social de saúde a segurança pública. A reincidência do uso de crack é de 80%. Do “ponto de vista da destruição humana o crack é a droga mais avassaladora”.
Na opinião de Edmundo Filho, a sociedade brasileira não está preparada para a liberação do consumo de maconha.
Ele destaca a importância da família e a necessidade de orientação, educação e o próprio exemplo dos país:
“O ambiente social hoje não impõe os limites sociais de educação”. O pai e mãe deveriam ter mais autoridade com os filhos. O Proeg é um programa de educação nas escolas militares e também em escolas públicas. “ “que cumpre um papel decisivo no ponto de vista da prevenção”
A psicóloga Ravena Pires, informou que A Surprage possui dois projetos atuando em Salvador, o “Corra para o abraço” e o Ponto de Cidadania. “São projetos que atuam na perspectiva de acolhimento e de encaminhamento da população (morador de ruas) ”. Os projetos atendem os que moram nas ruas e se encontram em situação de maior vulnerabilidade social. Atua na praça marechal Deodoro (praça das mãos) no bairro do Comércio, e no Aquidabã.
Ouça aqui a entrevista na íntegra.
Jorge Roriz
