Para crianças que não sabem nadar, os brinquedos infláveis de plástico representam a segurança que pais e filhos precisam nos momentos de lazer. Porém, essa tranquilidade acaba de ser abalada por pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Engenharia de Processos Alemanha.
De acordo com os pesquisadores, os cheiros que esses produtos plásticos exalam contêm uma gama de substâncias químicas potencialmente perigosas que podem representar riscos para a saúde das crianças, dependendo do grau de exposição e dos níveis de concentração em cada produto inflável.
Alguns destes compostos “cheirosos”, que incluem carbonilas, ciclo-hexanona, fenol e isoforona, podem ser críticos quando presentes em concentrações mais elevadas. Foram detectados entre 32 e 46 odores em cada amostra de brinquedo, dos quais 13 considerados intensos.
Segundo os pesquisadores, Christoph Wiedmer e Andrea Buettner a ciclohexanona pode ser nociva se for inalada, o fenol é conhecido por ser extremamente tóxico e presumivelmente ter um potencial mutagênico, e a isoforona é um carcinógeno de categoria 2, o que significa que esta é uma substância suspeita do desenvolvimento de câncer em seres humanos.
Os pesquisadores afirmam esperar que os fabricantes, distribuidores e consumidores passem a ter um olhar mais atento sobre como os produtos infláveis são fabricados, permitindo que se trabalhe para a eliminação dessas substâncias potencialmente perigosas. Wiedmer e Buettner aconselham aos pais e/ou responsáveis, que comprem os produtos vários dias antes do uso e deixe-os ao ar livre, para que uma parte dos compostos químicos seja exalada antes do contato com a criança.
