AMB alerta sobre La Bête

AMB alerta sobre La Bête

Com relação à La Bête, recentemente encenada no Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Associação Médica Brasileira (AMB) vem a público fazer um alerta:

Não consideramos a performance adequada, pois expõe nudez de um adulto frente a crianças, cuja intimidade com o corpo humano adulto, de um estranho, pode não ser suficiente para absorver de forma positiva ou  neutra essa experiência.

Evidências científicas comprovam que situações de nudez, contato físico e intimidade com o corpo são próprias do desenvolvimento humano, mas  positivas , desde que ocorram entre pessoas com  perfis equivalentes, quanto à idade, maturidade e cultura. Ou entre adultos e crianças cujo vínculo e convivência cotidiana definem esta experiência, de forma natural e sem caráter exploratório previamente determinado.

Do ponto de vista do adulto (que se apresenta nu e disponível para contatos físicos com crianças) não se consegue alcançar o mérito dessa proposta e/ou sentido artístico, educativo desse roteiro teatral.

Recomendamos que pais e educadores se disponham a trabalhar a sexualidade de seus filhos e alunos, para lhes oferecer a melhor educação sexual, e os prevenir de situações inadequadas, as quais podem ter repercussões imprevisíveis, dependendo da vulnerabilidade emocional de cada criança ou púbere, mais até do que da intensidade da experiência.

Sobre La Bête

Mais uma exposição “artística” se torna polêmica no país. Dessa vez é uma encenação no Museu de Arte Moderna em São Paulo (MAM), onde um homem nu fica em um tablado e permite que os frequentadores do espaço manipulem seu corpo.

O motivo da polêmica em torno do 35º Panorama da Arte Brasileira, é que circula nas redes sociais um vídeo onde uma menina, aparentemente de 4 anos, participa dessa exposição é levada por uma mulher, identificada como sendo a mãe da criança, a tocar nos tornozelos e mãos do homem.

O artista é o fluminense Wagner Schwartz que representa essa performance intitulada La Bête. Nela, ele emula um dos Bichos de Lygia Clark, as esculturas de alumínio com várias dobradiças que podem ser manipuladas pelo público. Segundo o MAM, a performance aconteceu apenas uma vez, em sessão fechada para convidados e declara ainda que havia na sala uma sinalização sobre o teor de nudez.

 

Fonte: Associação Médica Brasileira/MAM-SP

Foto: Associação Médica Brasileira

Redação Saúde no Ar

 

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